Neuropetismo e suas medidas socioeducativas: Proporcionar o prazer aos marginais e nós, arcamos com os custos!!!
A bandidagem comete todos os tipos de crimes, vão para a cadeia e podem ter relações íntimas e com o País financiando! Se o menor criminoso te rouba, mata, estupra alguém... Você ainda vai pagar impostos para manter ele na cadeira com DIREITO visitas íntimas!!! Ou seja, direito de fazer sexo! É o PT destruindo totalmente os valores morais, e respeito a ordem pública e ao cidadão que trabalha duro todos os dias para tirar o seu sustento, estamos vivendo um verdadeiro neoriberalismo implatado pelo PT sem o menor escrupulo e a sociedade financiando tudo.
Valores fascistas e oba-oba no Brasil
SAB, 26/07/2014
É lugar comum entre intelectuais: dificilmente encontramos na história do Brasil um momento tão rebaixado de produção cultural como o atual.
Na música, letras empobrecidas rivalizam com melodias e ritmos previsíveis que qualquer músico iniciante chega a ter tédio ao reproduzir.
Na literatura, diários são alçados à condição de sugestões para uma vida feliz. O estilo folhetinesco, que faz pastiche de romances, estudos historiográficos e vida íntima de intelectuais e artistas, forra estantes e mesas centrais de livrarias, que se apresentam como shopping centers da leitura rápida e descartável, customizadas com cafés ao fundo para alegrar o leitor, que carrega sempre a opinião do último livro que leu, sabe-se lá quando foi.
A inovação mais ousada na dramaturgia contemporânea não passou do teatro besteirol que, por sua vez, deu lugar ao stand-up comedy brasileiro, este tipo menor de repentista que acredita ter licença para disseminar escatologias. Aliás, a escatologia destes niilistas sem humor vai rompendo barreiras na busca da fama pelo escândalo. Tudo pelo sucesso é a bandeira desfraldada que dá nome a novos programas oferecidos nos canais pagos, numa espécie de esconde-esconde que tenta dar a aparência de gente pura e despretensiosa, tal água da fonte do jardim do centro das metrópoles tupiniquins. Fazem par com a profusão de “cervejarias artesanais” que proliferam na corrida para abastecer os 62 litros bebidos a cada ano por cada brasileiro que procura nocautear suas mágoas e frustrações: uma sequência de tentativas e erros (mais erros que tentativas) até que se chegue ao porre generalizado, sem eira nem beira.
O cinema tenta, mas nada que se compare com a delicadeza e inteligência do cinema argentino e muito menos com o Cinema Novo que um dia conseguimos forjar.
Na política, que por muito tempo estimulou amplos debates sobre o Brasil e sobre nossas possibilidades perdidas, expoentes com nenhuma experiência e portadores de uma única ideia força se propõem a dirigir o país. Sua fragilidade é completamente estampada nos seus rostos, mas parece que nem sempre queremos ver o óbvio plastificado no sorriso aberto e na fala totalmente previsível que é anunciada pela voz off do locutor, não menos previsível, do marketing amoral. Aliás, não só pecam pela pobreza de espírito como se envolvem em situações nebulosas, que não inspiram nenhum de nossos jovens a pensar a política como uma ação nobre. Os partidos se atacam sem respeito e não toleram nada inferior à destruição por completo do seu adversário. Poucos conseguem explicar, à luz do dia, a vantagem de se gastar numa campanha mais que os salários somados de quatro anos de mandato parlamentar que almejam conquistar.
Este clima soturno, de baixa inspiração, que rasteja numa preguiça mental, flerta, o que me parece pior, com o relaxamento moral.
Esses tempos sombrios em nosso país estimulam minha memória a resgatar textos alarmantes de clássicos da esquerda. Outro dia, me deparei recordando algumas passagens de um livro pouco festejado de Georg Lukács a respeito do declínio da razão às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Lukács tentou somar e articular vários sinais de irracionalismo que deságuam no fascismo. Trotsky foi outro que pulou de minha memória. Em seu surpreendente Revolução e Contrarrevolução na Alemanha, o dirigente russo analisou os acontecimentos dramáticos que se sucederam logo no início dos anos 1930 e que abriram o caminho para o nazismo. Algo me sussurra que este rebaixamento intelectual e moral do Brasil atual abrem brechas para a cultura fascista.
O fato é que aqui no Brasil, os valores fascistas estão, pouco a pouco, sendo considerados aceitáveis como elementos da imposição da ordem. O uso ilegal da força e perseguição por parte das polícias estaduais e ameaças permanentes de enquadramento de qualquer conflito de rua como crimes similares à ação terrorista são assimiladas e até festejadas por articulistas da grande imprensa tupiniquim. Ataques à manutenção (nem é possível, nesta altura da ofensiva dos valores fascistas citar a palavra avanço) dos direitos civis como desmonte da estabilidade da família. As capas de revistas semanais estimulam o alarme geral, o ódio e a divisão do país entre manipulados e clarividentes (sendo os editores, obviamente, os líderes da casta superior dos clarividentes a orientar os manipulados de bom coração).
A cultura fascista, afinal, é totalitária. Ao contrário da cultura autoritária que desmobiliza, a cultura fascista convida à mobilização pelo ódio. Sustenta uma visão de mundo que se apoia na negação da diferença e no uso da força como imposição de uma lógica masculina e viril, sendo a inteligência um adorno desprezível em virtude da urgência do uso dos músculos.
O que me anima é que o brasileiro comum, aquele que não tem poder e não é elite, ao final, percebe os engodos. Possivelmente porque já foi vítima de vários. Daí que se frustra com o atual governo, mas não cai na raquítica teia dos expoentes da oposição. O brasileiro, afinal, é órfão recente da seleção de futebol e, ainda de luto, não parece convicto em se deixar cair em mais um canto de sereia.
Mas o problema permanecerá após as eleições. Na hipótese da reeleição, o atual governo cairá na mesmice que é marcada pela sua omissão, ausência de ousadia e crença numa luz no fim da galáxia, tal como sugeria o velho e crente Juan Posadas, o sapateiro de Córdoba que se chamava Homero Rómulo Cristalli Frasnelli e que ironicamente tinha dificuldades para ter os pés no chão. Na hipótese, até agora remota, de vitória de um candidato da oposição, entraremos num túnel do tempo, sem saber ao certo onde estacionaremos, numa aventura sem fim, sem a competência de Doug Phillips e Tony Newman.
Situação e oposição, afinal, fazem suas concessões à cultura fascista que se insinua. São o que produzimos de pior na política desde a vitória de Eurico Gaspar Dutra contra Eduardo Gomes. Os dois, aliás, apoiaram o golpe militar de 1964. Mas, cá entre nós, poucos sabem da existência deles. E nem sei se precisariam saber.
Os caminhos para a ascensão do Fascismo e do Nazismo
Por Alessandro Lyra Braga em 11/07/2010
Foi uma grande surpresa para o mundo ocidental, vindo do século XIX, quando o Liberalismo triunfou, a queda desse mesmo Liberalismo logo no início do século XX, principalmente após a Primeira Guerra Mundial.
Logo nos primeiros anos do século XX os valores e instituições que norteavam a civilização liberal entraram em colapso. Entendia-se pelo Liberalismo que países e governos deveriam seguir constituições e possuírem parlamento, sendo o autoritarismo e a ditadura vistos com desconfiança face à mentalidade da época. A democracia era vista como o caminho ideal dentro da ótica liberal. Com exceção da Rússia, todos os regimes que emergiram da Primeira Guerra Mundial, novos ou velhos, eram basicamente regimes parlamentares representativos eleitos. Poucos foram os Estados que não tiveram eleições no período compreendido entre 1919 e 1947.
Mesmo num mundo onde a democracia parecia ser a solução definitiva, regimes fascistas começaram a aparecer e assembléias legislativas começaram a serem dissolvidas. Este fato foi, em grande parte, propiciado pelas crescentes crises econômicas e suas difíceis soluções, que não estavam sendo alcançadas pelos regimes democráticos e liberais de então. Um dos fatores que mais influenciou a queda do Liberalismo e a ascensão do fascismo foi a Grande Depressão, acarretando a queda quase que imediata de vários governos existentes, principalmente por intermédio de golpes militares.
Nesta ocasião, em vários países da Europa, da Ásia e das Américas, por exemplo, regimes autoritários de expressão fascista alcançaram o poder. Uma das características mais comuns aos novos governos não liberais era o receio quanto ao comunismo, inclusive com a proibição da existência de partidos comunistas em seus respectivos países. Havia ainda o receio de revoluções sociais e da quebra da antiga ordem. Almejava-se o restabelecimento da saúde econômica, sem alterações da estrutura social dos países. No entanto, em alguns países, como a Espanha, estouraram guerras civis e violentas revoluções, onde governos fascistas emergiram, seguindo uma linha ditatorial de atuação, e restringindo ao máximo as instituições democráticas em seus países.
O primeiro movimento verdadeiramente fascista foi o italiano, seguido de outros movimentos dessa natureza, como o próprio movimento nacional-socialista (Nazismo) alemão. Uma das bases do fascismo era o retorno às instituições do passado tradicional, defendo um verdadeiro retrocesso aos novos costumes da época, como o das mulheres trabalharem fora e ainda faziam uma grande objeção às idéias comunistas.
Acima, foto de Adolf Hitler, da Alemanha, e de Benito Mussolini, da Itália,, líderes Nazista e fascista, respectivamente.
Os regimes fascista e nazista tinham como característica o massivo uso de propaganda e aglutinação popular, principalmente junto às classes trabalhadoras. Já o nazismo, diferenciando-se do fascismo tinha um caráter desenvolvimentista e científico muito apurado, e ainda defendia a idéia de superioridade e inferioridade raciais de forma contundente, que inclusive serviu para justificar a perseguição aos judeus e outras etnias. Quanto aos judeus, a situação deles no mundo ocidental era, de fato, difusa. Havia, de fato, segregação em toda a Europa aos judeus.
Os regimes fascistas e nazista possuíam um grande poder popular e a admiração das classes trabalhadoras urbanas, pois criaram leis e se posicionavam, mesmo que de forma fictícia, ao lado dessas classes. Promoviam grandes eventos onde a auto-estima dessas classes era inflada, aumentando cada vez o sentimento de nacionalismo. O nazismo, de fato, realizou um importante programa social para as massas populares, estabelecendo férias, esportes, o planejado “carro do povo”, ou seja, conquistas inéditas que para o povo legitimava o nazismo no poder.
Certamente, a ascensão da direita radical ao poder após a Primeira Guerra Mundial foi uma resposta ao perigo, que até era real, da revolução social e do poder operário em geral, principalmente pelo ocorrido na Rússia, em 1917.
Outra marcante característica dos regimes fascistas e nazista na Europa, foi o crescente militarismo. As esquerdas condenavam este militarismo, lembrando da imensa matança ocorrida na Primeira Guerra Mundial.
Acima, desfile de militares empunhando a bandeira Nazista.
Uma das vitórias do nacional-socialismo foi o expurgo radical, a destruição, das velhas elites e estruturas institucionais imperiais. Essa destruição trouxe a possibilidade de implantação de novas idéias e concepções sociais e estruturais à Alemanha, trazendo, aos olhos de seu povo, grandes melhorias e uma sensação de segurança e prosperidade junto à economia.
O fascismo proporcionou algumas grandes vantagens para o capital, eliminando ou derrotando a revolução social esquerdista e, parecendo ser o grande baluarte contra estas revoluções, promovendo uma sensação de segurança aos capitalistas da época.
Na América Latina, o fascismo exerceu grande influência, apesar dos temores norte-americanos, sempre valorizando as instituições democráticas, mas que também temiam perder sua hegemonia junto aos países latino-americanos para a Alemanha. Afinal, visto de longe, os regimes fascistas pareciam coroados de sucesso, o que despertava o interesse em se copiar este modelo de regime.
É importante frisar que nem todos os nacionalismos simpatizavam com o fascismo, sendo que em vários países a mobilização contrária ao fascismo acabou por produzir um patriotismo da esquerda, principalmente no período da Segunda Guerra Mundial.
A democracia liberal tinha contra si, num momento de profunda crise, como a ocorrida na Grande Depressão, o fato de suas discussões por soluções serem mais demoradas, dependendo da aprovação de parlamentos, o que nem sempre era eficaz. Assim, com o autoritarismo dos regimes fascistas, as decisões eram mais rápidas, e seus resultados logo se faziam presentes. Dessa forma, entende-se porque os regimes democráticos liberais foram caindo um a um.