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 "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.'' 

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Documentário - Uma Esperança

Heloisa Rosa - Por trás do DVD, uma causa. Queremos apresentar a vocês algo muito importante que está por trás desse projeto.

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Há alguns anos nas realizações de conferências, o Senhor começou a falar-nos sobre uma nova geração de revivalistas que foram surgindo por toda a terra para atender o clamor do anseio de Deus para as nações. Nosso mandato foi definido: levantar recursos, mobilizar, equipar, encorajar, e enviar o chamado de Deus em suas vidas, e ver cidades inteiras, nações em uma revolucão, guardando e discípulando a palavra de Deus. O Senhor revelou que seria marcado por quatro características principais:
1. Eles seriam ligados com pais e mães espirituais e alinhados sob a sua cobertura. 
2. Eles seriam apaixonados por Jesus - encontrando o Seu amor extravagante para eles diariamente. 
3. Eles dariam suas vidas à oração e saberiam como vencer a guerra nos céus. 
4. Eles andariam no sobrenatural - demonstrando o Reino de Deus através do poder espiritual. JC
Evangelho - é um termo com significado religioso e se refere à mensagem de salvação pregada por Jesus Cristo. É uma palavra de origem grega que significa "Boa-nova". Evangelizar é o ato de divulgar a mensagem de Cristo e evangelista é aquele que prega o evangelho.
Gospel - significa evangelho, em português. Gospel é o diminutivo de “God Spell”, ou seja, palavras de Deus, que significa também botas notícias, boas novas, e etc. O termo surgiu nos Estados Unidos, com os cultos que eram realizados.
Música gospel - é uma música religiosa de grupos cristãos, mas também é utilizada para designar as músicas evangélicas. A música gospel é essencialmente religiosa, utilizada em cerimônias, mas também tornou-se um grande mercado, uma vez que é bastante aceita pela maioria das pessoas.

 "DESCANSE NO SENHOR"

Descanse no Senhor

Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro". Salmo 4.8

Versículos Bíblicos (Bíblia Online)

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. 
Apocalipse 3:20

Voam como a águia (Isaías 40:30-31)

Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam. Isaías 40:30-31

Provérbios 4:23-27

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios. Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos serão retos. Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal” (Pv 4.23-27). Devemos zelar cuidadosamente de nossos pensamentos, sentimentos e emoções, pois o nosso modo de ser e a maneira como reagiremos ao que nos acontece, dependem basicamente dos nossos valores interiores, do que cremos, do que acreditamos como estilo de vida. Isso contraria completamente os valores predominantes em nossa sociedade que prioriza o exterior das pessoas, ignorando o que elas são de fato por dentro.



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FHC, é preciso aprimorar máquina do Estado

FHC, é preciso aprimorar máquina do Estado

Há uma tendência no governo a considerar o Estado como uma máquina para implementar políticas. Se uma peça não funciona, ela é trocada, mas não se altera nada o caráter que uma certa visão tecnocrática tem do Estado como coisa, como administração, mas não como entidade política, de direção geral da sociedade.

O aspecto mais determinante do resultado das últimas eleições foi o de que o governo perdeu – e feio – na disputa da opinião pública, mas venceu – bonito – nas políticas sociais, e isso lhe deu a vitória. 

O inchaço da máquina estatal conduzira o Brasil a falência.

Para o atual governo seu principal desafio será converter a ação do Estado em qualidade de vida para a população, um desejo crescente que se reflete na cobrança por serviços públicos mais eficientes. Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, melhorar o funcionamento da máquina pública foi a chave para o Plano Real no combate à inflação, 20 anos atrás, mas o tema ainda é um ponto preocupante.

Propaganda Mentirosa do PT, a 12 anos enganando o Brasil

“O que importa hoje não é o ‘quantos por cento’ de inflação temos”, diz FHC. “O que assusta agora é perceber que os fundamentos não estão funcionando tão bem quanto deveriam. O conjunto da obra está bamboleante.”

Fernando Henrique vê o País “pagando o preço” pela falta da reforma política, que ele próprio reconhece como uma frustração. Para sair dela, afirma, é preciso um entendimento entre PT, PSDB e PMDB, mas há um empecilho: as incessantes “pedradas” entre tucanos e petistas. “Lula é hegemônico, quer tomar conta de tudo, esmagar o adversário”, diz. “Não há como fazer acordo.”

Augusto Nunes e Ricardo Setti conversam com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre as manifestações no Brasil.

Seu governo ficou marcado pela estabilização. O de Lula, pela distribuição de renda. Como será lembrado o governo Dilma? E qual marca deve buscar o próximo governo?

Essas marcas são todas parciais, mas, enfim, são marcas. O governo Dilma vai ser lembrado como uma espécie de cabra cega. O mundo teve a crise e fizeram uma tentativa de crescimento pela expansão do crédito, pelo consumo e pela ingerência do Estado — como uma volta aos anos 60 e 70. Nada disso está funcionando muito bem. O governo ficou, assim, sem marca. Ela foi apresentada como uma grande gerente e as circunstância não permitiram que se visse isso.

E para a frente, qual seria o norte?

O Brasil, do ponto de vista material, melhorou muito. Então, por que nos sentimos perdidos hoje? No passado, achamos que bastava fazer a economia crescer e isso nos levaria ao Primeiro Mundo. Ora, estar no primeiro mundo é ter qualidade de vida! Se você for a qualquer pequeno país europeu – Portugal, Dinamarca, Croácia que seja — todos são infinitamente menos crescidos que o Brasil em termos econômicos, mas a população se sente no Primeiro Mundo. Porque ela tem educação, segurança, respeito à lei. No futuro, um governo, para deixar uma marca, vai ter que insistir nos intangíveis — o que é difícil, porque as pessoas não vão sentir no começo.

Um ponto de forte debate é como fazer ajustes no Estado sem ameaçar a distribuição de renda. É possível?

Quando fizemos o Plano Real, a crítica do PT, do PDT e de não sei mais quem era que os trabalhadores, mais uma vez, iriam arcar com os custos. Não aconteceu isso. Aconteceu o inverso. A taxa de pobreza caiu de 40% para 30% com a estabilização e houve aumento dos salários. Fazer ajustes não quer dizer apertar o cinto do povo. Vou dar outro exemplo. Se for olhar a proporção do PIB que é gasto em bolsas e comparar com a proporção do PIB que é gasto com subsídios para setores empresariais, via BNDES, vai ver que é a mesma coisa. O governo dá para cima e dá para baixo. É mais fácil você parar com o subsídio do que com a bolsa. As bolsas vieram para ficar.

Na segunda parte da conversa com Augusto Nunes e Ricardo Setti, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, faz uma análise do mandato de Dilma Rousseff.

Qual é o balanço dos 20 anos do Real?

O Real não foi um plano apenas para controlar a inflação, mas para controlar as causas da inflação. As empresas não estavam em má situação. A economia havia crescido algo como 5%. Quem estava em má situação era o Estado. Se não resolvêssemos a situação do governo, não haveria como controlar a inflação. Isso significava repor a ideia de que contratos valem, que quem deve precisa pagar, que Estados e municípios precisam arcar com suas contas. Reorganizar o mecanismo de endividamento interno e o orçamento. A moeda foi a parte imediata. Levamos anos trabalhando para colocar em ordem o mecanismo institucional. A Lei de Responsabilidade Fiscal é do ano 2000. Hoje, o que importa não é o “quantos por cento” de inflação. O que assusta agora é perceber que os fundamentos não estão funcionando tão bem quanto deveriam. O conjunto da obra está bamboleante: a Lei de Responsabilidade Fiscal não é cumprida adequadamente, o gasto público não está sendo controlado, o endividamento é elevado.

E qual a maior frustração com o Real?

As reformas ficaram pela metade. Era muito difícil negociar com o Congresso. A reforma política — eu tomei a decisão de não começar por ela, porque se começássemos por ela não sairíamos dali — era importante. Deixamos para o Congresso fazer. Estamos pagando o preço pela falta da reforma política. Se queremos uma democracia bem avaliada pela população, temos que fazer a reforma política. Quando fui à África do Sul (no funeral de Nelson Mandela, em 2013), os ex-presidentes estavam juntos e eu disse a todos: nós somos responsáveis pelo caos. Ninguém acredita nesse sistema que está aí. Por que não chegamos a um denominador comum? O Sarney se sentiu atraído pela ideia. Falei com o Lula. Mas não prosperou.

E a presidente Dilma, como reagiu?

Ninguém reagiu. Quando houve a crise, a presidente tentou. Mas a coisa foi mal coordenada. Para fazer isso é preciso realmente liderança — e liderança dos partidos. É preciso entendimento entre PT, PSDB e PMDB. Assim teremos a maioria. Mas vou colocar o problema de outra maneira. Todos os governos sempre acham que fizeram muita coisa — e incluo o meu. Porém, há um problema sério de gestão no Brasil: o resultado não chega na ponta. Você faz o projeto, monitora os números, faz isso e aquilo. Os que estão no mundo oficial estão felizes, mas o cidadão não sente a diferença. Quando cheguei à Presidência da República, o Sistema Único de Saúde era uma proposta da Constituinte, mas não funcionava. Era um inferno. Montamos. Hoje há o SUS. Os governos têm uma série de programas na área da Saúde. As pessoas podem receber medicamento de graça até em casa. O cidadão, porém, não sente que isso existe porque funciona mal.

E qual é a causa disso?

Falta de gestão. Há um tempo, não agora, me perguntaram no PSDB qual seria um bom slogan para a campanha. Eu disse: em vez do que fez o Barack Obama nos Estados Unidos, com o Yes, We Can, deveríamos ter o Yes, We Care — nós prestamos atenção em vocês, nós cuidamos. O povo se sente descuidado. É preciso ver como essa máquina pública funciona e atacar de frente essa grave falta de gerenciamento.

Na terceira parte da conversa com Augusto Nunes e Ricardo Setti, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comenta o cenário político brasileiro nos últimos anos.

Se o seu candidato, Aécio Neves, chegar ao Planalto, o que deveria fazer para impedir que a política continuasse a ser mais do mesmo?

A primeira condição é ter uma agenda. A segunda, fazer aliança para cumprir essa agenda. Terceiro, fazer tudo publicamente. Não quer dizer que no meu governo foi sempre assim, não. Mas eu tinha uma concepção do que queria fazer. Eu queria estabilizar a economia, dar acesso à educação, melhorar a saúde, fazer a reforma agrária, acertar a Previdência, que não consegui. Procurava fazer com critério.

Como Aécio Neves vai brigar contra o maior tempo de Dilma na TV?

Os políticos têm uma obsessão pelo tempo de TV. Muito tempo pode ser bom, mas pode ser mau também. O povo ouve, às vezes, mas nem sempre. Tem momento em que ele fecha o ouvido. Hoje, o programa eleitoral terá um peso menor do que no passado, por causa das mídias sociais. Não sei se a campanha vai ser decidida na televisão.

Como, então, vai ser decidida?

O importante é o desempenho do candidato. Eu costumo fazer o seguinte: começa o programa eleitoral, eu tiro o som. Porque o que você transmite não é só o que fala, é como você fala, qual é o seu jeitão. É subconsciente. E eu acho que o Aécio tem um bom jeitão.

A economia vai pautar a eleição?

A economia pauta sempre. O bolso pesa mais que o coração ou, pelo menos, tanto quanto. O que vai pautar é a carestia. O bolso gasta mais que a bolsa, quando falamos dos mais pobres. A vida está cara. Isso as pessoas sentem. É a feira que vai pautar a campanha.

Na luta para chegar ao 2º turno, Eduardo Campos começou a bater em Aécio. Isso vai atrapalhar uma futura aliança entre eles?

Os dois são racionais e sabem qual o limite. Mas no segundo turno o eleitorado não segue líderes. Veja as pesquisas de opinião. Dilma, no Datafolha, está na frente, 36%, Eduardo 8%, Aécio 20%. No 2.º turno Aécio vai pra 40%, Campos pra 38%. E não teve nenhum líder no meio disso! No segundo turno, o que vai contar muito é a rejeição.

Na sua relação com o ex-presidente Lula, o sr. falou em parar de jogar pedra um no outro. E as pedradas quase sempre dizem respeito à corrupção. O que falta para superar essas diferenças?

O que falta é vontade dele. Ele é hegemônico, quer tomar conta de tudo. E quem quer tomar conta de tudo quer esmagar quem? O principal adversário! Quando fizemos a transição do meu governo para o dele, logo eles definiram que o inimigo era o PSDB. Não era adversário, era inimigo. No mesmo dia falaram em herança maldita. É o hegemonismo: “Eu sou tudo. O mundo começa comigo, eu sou o bom, os outros são maus.” Não há como fazer acordo.


Falta sentimento democrático

- Fernando Henrique Cardoso

As taxas de rejeição da presidenta estão nas nuvens, não só em São Paulo, onde nem o céu é o limite. Também crescem nos pequenos municípios do Norte e do Nordeste para onde, nas asas das bolsas-família, migraram os apoios do partido que nasceu com os trabalhadores urbanos. As raízes deste quadro se abeberam em vários mananciais: o das dificuldades econômicas, da tragédia das políticas energéticas (vale prêmio Nobel derrubar ao mesmo tempo o valor de bolsa da Petrobras e as chances do etanol e ainda encalacrar as empresas de energia elétrica), da confusão administrativa, do pântano das corrupções e assim por diante. Culpa da presidenta? Não necessariamente.

Há tempo, escrevi um artigo nesta coluna com o título de Herança Maldita. Fazia ironia, obviamente, com o estigma que petistas ilustres quiserem impingir a meu Governo. No artigo indicava que a origem das dificuldades não estava no atual Governo, vinha de seu predecessor. A cada oportunidade que tenho procuro separar a figura da presidenta, seu comportamento passado e atual, digno de consideração, dos erros que, eventualmente atribuo ora a ela, ora ao estilo petista de governar.

Mas, francamente, é demais não reconhecer que há motivos reais, objetivos, para o mal-estar que envolve a atual política brasileira sob hegemonia petista. Abro ao acaso os jornais desta semana: os europeus advertem que a produtividade do país está estagnada; o humor do varejo em São Paulo é o pior em três anos; a produção industrial e a confiança dos industriais não param de cair; o FMI publica documento oficial assinalando que nossa economia é das mais vulneráveis a uma mudança no cenário internacional e ajusta mais uma vez para baixo a projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2014, para 1,3% (seriam otimistas?); o boletim Focus, do BC, prevê um crescimento ainda menor, de 0,9% (seriam os pessimistas?); o juro para a pessoa física atinge seu maior patamar em três anos; a geração de empregos é a menor para o mês de junho em dezesseis anos; para não falar na decisão do TCU de bloquear os bens dos dirigentes da Petrobras ao responsabilizá-los por prejuízos causados aos cofres públicos na compra da refinaria de Pasadena.

Espanta, portanto, que a remessa de análise conjuntural feita por analistas de um banco a seus clientes haja provocado reações tão inusitadas. O mercado não deve se intrometer na política, protestaram Governo e petistas. Talvez. Mas se intromete rotineiramente e quando o vento está a favor os governos se deixam embalar por seu sopro. Então, por que agora e por que de forma tão desproporcional ao fato, presidenta?

Não creio que seja por desconhecimento da situação nem muito menos por ingenuidade. Trata-se de estratégia: o ataque é a melhor defesa. E nisto Lula é mestre. Lá vêm aí de novo com as “zelites” (da qual faz parte) contra o povo pobre. Até aí, táticas eleitorais. Mas me preocupa a insistência em tapar o sol com a peneira. Talvez queiram esconder o acúmulo de dificuldades que estão se avolumando para o próximo mandato: inflação subindo, com tarifas públicas e preço da gasolina represados; contas públicas que nem malabarismos fiscais conseguem ajustar; o BNDES com um duto ligado ao Tesouro, numa espécie de orçamento paralelo, como no passado remoto; as tarifas elétricas rebaixadas fora de hora e agora o Tesouro bancando os custos da manobra populista, e assim por diante. Em algum momento o próximo Governo, mesmo se for o do PT, terá de pôr cobro a tanto desatino. Mas, creem os governistas, enquanto der, vamos empurrando com a barriga.

Que fez o Governo do PSDB quando as pesquisas eleitorais de 2002 apontavam possível vitória do PT da época? Elevou os juros, antes mesmo das eleições, reduzindo as próprias chances eleitorais. Sustentou mundo afora, antes e depois das eleições, que não haveria perigo de irresponsabilidades, pois as leis e a cultura do país haviam mudado. Pediu um empréstimo ao FMI, com a prévia anuência pública de todos os candidatos a Presidente, inclusive e especificamente do candidato do PT. O dinheiro seria desembolsado e utilizado pelo Governo a ser eleito para acalmar os mercados, que temiam um descontrole cambial e inflacionário e mesmo uma moratória com a vitória de Lula. Aprovamos ainda uma lei para dar tempo e condições ao novo Governo de se inteirar da situação e se organizar antes mesmo de tomar posse.

Agora, na eventualidade de vitória oposicionista (e, repito, é cedo para assegurá-la) que fazem os detentores do poder? Previnem-se ameaçando: faremos o controle social da mídia; criaremos um Governo paralelo, com comissões populares sob a batuta da Casa Civil que dará os rumos à sociedade; amedrontam bancos que apenas dizem o que todos sabem etc. Sei que são mais palavras equívocas do que realidades impositivas. Mas denotam um estado de espírito. Em lugar de se prepararem para “aceitar o outro”, como em qualquer transição democrática decente, estigmatizam os adversários e ameaçam com um futuro do qual os outros estarão excluídos.

Vejo fantasmas? Pode ser, mas é melhor cuidar do que não lhes dar atenção. A democracia entre nós, já disseram melhor outros personagens, é como uma planta tenra que tem que ser cuidada e regada com exemplos, pensamentos, palavras e ações todos os dias. Cuidemos dela, pois.